Ontem acabei uma série, hoje comecei e acabei esta: Mosaic.
Arquivo da Categoria: A bela da arte.
Vou passando o tempo, assim…
Success. Acabei agora de ver esta série Sérvia. Gostei. Apesar de não gostar do povo Sérvio, por razões históricas recentes, pelas imagens adorei a cidade de Zagreb e, por aquilo que vi, não me importava de viver lá. Estive lá há quarenta anos atrás. Dizer que estive lá…é uma força de expressão pois estive em trânsito para Belgrado para participar numa Taça de Clubes da Europa em Atletismo. Outros tempos. O muro de Berlim ainda não tinha caído e nem sequer se sonhava com isso e, apesar da antiga Jugoslávia não ser um país alinhado, notava-se uma grande influência de leste. Belgrado, daquilo que me foi permitido ver naquela altura também tinha aquelas avenidas largas, construções de edifícios altos onde moravam pessoas, com amplos espaços verdes envolventes. Pareceu-me uma cidade quase criada de raiz e devidamente pensada e ordenada. Estou a falar da parte nova da cidade. Enfim, outros tempos.
Hoje, enfiado em casa, vou-me limitando a viajar agarrado a um ecrã…
Florbela Espanca Espanca
Eu quero foder foder
achadamente
se esta revolução não me deixa
foder até morrer
é porque
não é revolução nenhuma
a revolução
não se faz
nas praças
nem nos palácios
(essa é a revolução
dos fariseus)
a revolução
faz-se na casa de banho
da casa
da escola
do trabalho
a relação entre
as pessoas
deve ser uma troca
hoje é uma relação
de poder
(mesmo no foder)
a ceifeira ceifa
contente
ceifa nos tempos livres
(semana de 24×7 horas já!)
a gestora avalia
a empresa
pela casa de banho
e canta
contente
porque há alegria
no trabalho
o choro do bebé
Adília Lopes – Obra
Raymond Cicin.
Adoro polvos. Feitos com canetas. Aqui.
Peter Stewart.
Fotografia urbana. Aqui.
Brittany Bentine.
Fotografia com muita piada e aterradora… Aqui.
Steve Lord.
Escultura. Para ver aqui.
Kiril Stanoev.
Fotografia. Para ver o site, é aqui que devem carregar.
Soey Milk.
Pintura. Artista norte americana de origem Coreana. Aqui.
Helena Frank.
Ilustração. Para ver mais umas coisas, carreguem aqui.
Kei Meguro.
Pois é! Tudo feito a lápis. Sim, aquele objecto de madeira que tem uma mina no meio e que adoramos roer…
Espreitem aqui.
Kristen Hatgi Sink.
Fotografia. Carreguem aqui.
Herberto Helder. Flash.
Há dias em que basta olhar de frente as gárgulas
para vê-las golfar sangue. É quando
a pedra está a prumo, quando a estaca
solar se crava atrás das casas e amadurece
como uma árvore.
Mas também ouvi a água bater directa
nas trevas. Por um abraço do sangue eu estava
condenado
ao extravio mortal. Era um dom que me fundia
à substância primária
do terror.
E à riqueza e energia. E à tremenda
doçura humana. Vejo algerozes escoando a massa
das cúpulas, a forma, supremas rosas de pedra
rotativa.
E que leão me beijou boca a boca, juba e cabelo
trançados numa chama única?
Esse beijo afundou-se-me até às unhas.
Aparelhou-me para besta
soberba, para o sono, o brilho, a desordem
ou a
carnificina. De que leite ardido, de que matriz
ou opulência terrena,
nos vem a danação? Se a pedra
tem uma raiz buscando a vida em que teias de carne,
há em cima um Deus agudo,
de fenda no casco, e braços tão abertos que apanha todo o basalto,
como uma estrela elementar. Atrás
das rosáceas
desabrochadas. Do movimento de estátuas
arcangélicas plantadas no refluxo
da pedra. Boca:
bolha de sangue.
E há uma palpitação soturna, uma
delicadeza no cerne: o osso vertebral que assenta
ao meio, no ânus:
o falo — e em torno
gira a catedral. Lenta dança de Deus, da escuridão
para o alto.
O leve poder da lua apenas queima os olhos.
Alicja Zmyslowska. Fotografia.
O trabalho está visível num blogue. Aqui.
Julia Christe. Fotografia.
Pode ser visto aqui.