
Agarro-a pelos cabelos.

Vou de seguida para o Coro.
Vou cantar a Cucaracha e outras coisas engraçadas.
É mais forte do que eu. Tenho imensa pena de nunca me lembrar de trazer a máquina fotográfica para fazer uma verdadeira e autêntica reportagem sobre as minhas idas ao Coro.
Segunda feira. É um dia sempre interessante. Não o será para toda a gente mas é o início da semana de trabalho e, como tal, há sempre qualquer coisa para começar a fazer. Hoje não será bem o caso. A turma está em fase de acabamentos dos animais que construíram. Estão a aplicar verniz, no exterior da sala, o que me permite ter algum sossego. Não é por nada, só é mesmo por não conseguir estar perto de produtos que contenham diluentes ou produtos químicos muito intensos. Tenhos os pulmões um bocadito estragados, dos exageros de outros tempos…
Mas voltando ao sossego. É uma maneira diferente de começar a semana pois geralmente a agitação é muita e não costumo sequer ter tempo para pensar, mas desta vez estou praticamente sozinho o tempo todo a ouvir a música, que a turma não costuma gostar, e a pensar na vida.
Há dias radiosos. Hoje é um deles, pelo menos para mim.
Sinto-me de bem com a vida, completamente bem disposto.
Ao contrário de outros dias em que me posso deixar abater um bocadito perante as dificuldades que surgem, desta vez (ou pelo menos, hoje) a coisa vai mesmo para trás das costas apesar de, se calhar, ter mais razões para me sentir sufocado, mas assim, assim, a vida é bem melhor.
Natal?
O Natal já passou. Mais um. E esteve bem. As crianças adoram-no. E o Natal é mesmo para elas. Por isso está bem.
Hoje decidi levar uma gravata amarela. Talvez por ter começado mal o dia (o ser humano pequeno mais velho fez uma pirraça às sete da manhã) achei que devia deitar tudo para trás das costas e não há nada melhor para isso do que colocar uma gravata amarela, daquelas que ofuscam as “bistinhas”. Italiana, claro está.