
Valentes lambidelas nas costas.

Por acaso esta foto já tem quinze dias, mas podia ser perfeitamente actual (de hoje, mesmo) só não o digo porque a sala ainda está azul, quando na realidade está cereja e ôcre, mas adiante, o que eu queria mesmo dizer é que cheguei a casa, vindo do tal café junto à praia, e como continuo sem placa não tinha nadinha para comer. O que é que se faz quando não se tem nada para comer? Pois claro, bebe-se. Assim dito, parece um bocadinho mal, pai de família, a meio da tarde, sem nada para comer, põe-se a beber, tsh tsh tsh, mas que havia eu de fazer? um assado? um bolo? não foi isso que me pareceu, na altura. Peguei num naco de presunto de Chaves e pus-me a comer. Só que aquilo é puxadinho, dá cá uma sede e pronto, foi assim que tudo começou. Eu ainda tentei dizer não, para trás, mas não consegui.
Sim, eu sei, posso induzir as pessoas em erro, mas não é essa a minha intenção. Simplesmente apeteceu-me ir tomar um café, junto à beira mar, já que vem aí mau tempo… e estava eu muito descansadinho, a tomar o meu café e a ler o meu livro novo “As benevolentes” gentilmente oferecido pela minha estremosa esposa no meu dia de aniversário, quando me aparece esta personagem, amiga minha de longa data, vinda das areias e que me deixou surpreso, pois muito sinceramente, não estava à espera de a encontrar ali. E coisa e tal, diz-me que anda a aprender mergulho, e eu e tal, a olhar para o fato de mergulho, a pensar, estás-me a mentir… mas ela, que não, agora aprendia-se assim, no contacto directo com a natureza. Não deu para acreditar, claro, a natureza não está nada para estas coisas, enfim, acabei o meu café, pedi imensa desculpa e retirei-me para os meus aposentos, mas a pensar que se calhar não era má ideia ir com a minha senhora aprender a mergulhar, já que vou aprender a dançar, num festival chamado Andanças, em Agosto, pode?